
Roberta Close nasceu no Rio de Janeiro, capital, em 7 de dezembro de 1964, registrada como Luís Roberto Gambine Moreira: um menino com os órgãos masculinos mal formados e sem testículos. Aos doze anos de idade, surgiram os seios. Na adolescência, começou a adotar roupas femininas e, secretamente, começou a tomar injeções de hormônio feminino. Aos dezessete, copiosamente bonita e feminina, com o rosto assinalado em revistas e anúncios, a carreira de Roberta como modelo e atriz começava a decolar.
Ao se apresentar para o alistamento militar obrigatório, aos dezoito anos, Roberta conta que usou um vestido branco. Confusos e imaginando que se tratava da irmã de Luís Roberto, pediram-lhe para que dissesse ao seu "irmão" para se apresentar no dia seguinte. O sargento responsável, ao compreender a verdadeira situação, rapidamente arranjou a isenção do serviço para Roberta. Seu pai, um oficial militar de graduada patente, escandalizado, rejeitou Roberta por vários anos depois do acontecido.

Com dezenove anos de idade, em em maio de 1984, Roberta foi a primeira transexual a posar para a edição brasileira da revista Playboy. No mesmo ano, também estampou a capa da Revista Ele & Ela e, posteriormente, da Sexy e de muitas outras.
Em agosto de 1989, Roberta foi submetida à cirurgia de redesignação sexual, na Charing Cross Clinic, em Londres, Inglaterra, custando-lhe, na época, cerca de 10 mil dólares (em torno de setenta e cinco mil reais, corrigidos para valores atuais).
Casou-se em 1993 com um empresário suíço, Roland Granacher, na Europa, já que não teriam sido autorizados ao casamento no Brasil. Seu casamento dura até hoje.
Roberta saiu do Brasil e por muitos anos viveu alternando sua morada entre Zurique e Paris, mas nunca deixou por muito tempo de visitar seu país natal. Retornou em 1998 para lançar a biografia Muito Prazer, Roberta Close, escrita pela jornalista Lúcia Rito.

Na tevê, no Brasil, Roberta foi convidada pelos mais famosos programas de entrevista da mídia brasileira (ela mesma, ainda durante a década de 1980, esteve à frente de um programa de entrevistas, chamado Big Close). Atuou na telenovela Mandacaru, exibida pela extinta Rede Manchete entre os anos de 1997 e 1998, no papael de Maitê Flores. Apresentou, no início da década de 2000, o programa De Noite na Cama, onde falava de sexo, desbancando a atriz Alexia Deschamps, a modelo Cristina Mortágua e quinze outras candidatas que disputavam pela vaga de apresentadora.
No cinema, atuou em No Rio Vale Tudo (produção franco-ítalo-brasileira, 1987, comédia, dirigido por Philippe Clair) e em O Escorpião Escarlate (produção nacional, 1990, comédia, dirigido por Ivan Cardoso).
Apesar de na Suíça Roberta já ser reconhecida como mulher há mais de uma década — desde 1997 a Justiça de lá deu o direito de Roberta chamar-se Luiza Gambine —, aqui no Brasil, somente após quase quinze anos de luta na justiça, em 10 de março de 2005, é que ela pode trocar todos os seus documentos. A saída de cena de vez de Luís Roberto Gambine Moreira, e a oficialização de Roberta Gambine Moreira. Uma vitória. Foi para a Justiça brasileira o que já era para todos nós fazia bastante tempo.

2 comentários:
Me desculpe pelo equívoco (já fiz a correção, rsrs...)! Quanto a postar as hq's, fique a vontade e obrigada pelo prestígio. Abraços!
Essa Roberta Close é um show em tudo.
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